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17.12.14 às 17:09

Edukatu termina 2014 com cerca de nove mil participantes e mobilização de mais de 15 mil pessoas

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“Temos que aprender a trabalhar com o que a gente tem à mão e não com o que a gente sonha em ter. Trabalhar com a nossa realidade. Isso traz bons frutos”. Com esta ideia, de usar uma das ferramentas que tinha disponível, a internet, a professora Margarida Telles da Cruz da “E.M.E.F. (Escola Municipal de Ensino Fundamental) 25 de julho” de Campo Bom (RS) começou a pesquisar vídeos e reportagens sobre consumo consciente para estimular seus alunos.

Quando o desafio “De Onde Vêm as Coisas?”, que tinha o objetivo de estimular a discussão e análise dos impactos do ciclo de vida dos produtos, desde a produção até o uso e descarte, foi lançado, ela também tomou a iniciativa de levá-lo para a escola alcançando, assim, toda a comunidade envolvendo alunos, pais, outros professores e até alunos de outras escolas.

A animação e o empenho das crianças e jovens rendeu o primeiro lugar da escola no desafio e, como prêmio, eles receberam a visita dos profissionais do Edukatu, em uma oficina de dinâmicas e jogos com a participação de 200 alunos de 9 a 15 anos, e ganharam a produção de uma videorreportagem sobre o trabalho realizado e ainda equipamentos de informática.

Em uma das atividades do desafio, o estímulo em resolver problemas reais fez com que professores e alunos ocupassem o quintal da escola, onde passa um rio. Entre os participantes estava Milena Streit, 14 anos, que, animada, relata o exercício: “A gente pegou amostra do rio e analisou como estava a situação e fez a postagem [no blog] para todo mundo ficar alerta disso”.

A oportunidade de mapear e discutir com os alunos os impactos em sua comunidade trouxe uma nova dinâmica para a sala de aula coordenada pela  professora Margarida. “Isso facilita as atividades de educação ambiental com os alunos. A gente discute com eles, eles vão a campo e têm a oportunidade de mapear e minimizar estes impactos ou, pelo menos, discutir como minimizar estes impactos”.

Da mesma forma que Margarida, Silvia Sá, gerente de educação do Instituto Akatu, acredita que o desenvolvimento do trabalho do Edukatu deve acontecer além da rede, com ações presenciais. Deste modo, “a gente fortalece também as conexões fora da internet. A plataforma e a interação da internet são muito importantes, mas a rede não acontece só com isso. Se os alunos e os professores não estiverem juntos fazendo esta rede acontecer dentro da escola, envolvendo os pais e a comunidade, o Edukatu não consegue gerar os frutos que ele quer gerar nas comunidades”.

A mudança para Maisa Alves, 12 anos, aconteceu não só além da plataforma, mas também  da sala de aula. As atividades modificaram não só sua relação com o quintal da escola, usado como campo de pesquisa, mas também com sua professora, seu bairro e sua rotina. “Hoje uso só o necessário de shampoo no banho. Quando vou escovar os dentes desligo a torneira e também vou com a professora Margarida entregar mudinhas de árvore para os moradores do bairro”.

A Maisa está entre os 6.617 alunos que participam das atividades do Edukatu e, assim como sua professora Margarida, 1.495 professores levaram a rede para a sala de aula. O Edukatu ainda contabilizou outros 815 participantes das atividades, entre estes, gestores e pessoas da comunidade.

Para chegar a este número, as atividades aconteceram em mais de 1.419 escolas e tiveram o auxílio de inúmeros colaboradores entre universidades, ONGs e secretarias educacionais. O que totaliza mais de 15 mil pessoas mobilizadas pelo Edukatu em apenas um ano e dois meses após seu lançamento.

O aumento de alunos participantes também se deve as mudanças na linguagem da rede. De olho nos hábitos e preferências das crianças e jovens, o Edukatu mudou seu ambiente on-line neste ano e o deixou completamente gamificado, estimulando os usuários a chegarem ao seu objetivo dentro de um jogo de lógica e, desta forma, interagirem mais com o conteúdo. Para isso, usou recursos como medalhas e diferentes níveis de dificuldade dentro do jogo, por exemplo. Tudo isso tornou a rede ainda mais divertida e, consequentemente, o engajamento de seus usuários também aumentou.

Entre os destaque do ano, ainda está a entrada do Edukatu no plano político pedagógico que orienta as atuações dos professores em Salvador (BA) e parcerias com as Secretarias de Educação de Vila Velha (ES) e  Roraima, onde realizou  oficinas de capacitação para o uso da plataforma como recurso educacional por professores locais, entre eles, professores indígenas.

O Edukatu também chamou a atenção como uma rede inovadora e foi apresentado como projeto estruturante na área de sustentabilidade no guia Design Thinking para educadores e também no Open Education, Technology and Society International Seminar.

Edukatu hoje: novo percurso e novo desafio
Atualmente, o Edukatu está com uma nova atividade para discutir o consumo consciente de alimentos. O percurso “Comer, Dividir e Brincar”, que inaugura o circuito “Estilos Sustentáveis de Vida” e traz temas como alimentação saudável, desnutrição e obesidade na infância, hortas, desperdício e uso integral de alimentos, consumo consciente de alimentos e leitura e conhecimento de rótulos.

Para tratar destes temas de forma lúdica são utilizadas atividades como ligue-pontos, vídeos, infográficos e o jogo “Piquenique Saga”, em que alunos e professores são convidados a refletir sobre seus hábitos alimentares a partir das escolhas que fazem para um prato mais saudável.

Nossos parceiros
O Edukatu é promovido pelo Instituto Akatu em correalização com a Braskem e em parceria com a Fundação Cargill. Tem ainda o apoio da HP e da Costa Brava. Também são apoiadores institucionais da iniciativa o Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente.

As parcerias estendem-se para as secretarias de educação de estados e municípios, e ainda para organizações que apoiam a mobilização de professores e alunos como o CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, Cooperativa Mãos Verdes, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Educadigital, Instituto Brasil Solidário, Instituto Lagoa Viva, Instituto Razão Social e Vaga Lume.

Já os parceiros de conteúdo da plataforma são CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, Fundação SOS Mata Atlântica, Porvir e Projeto REA Brasil.

Sobre o Edukatu
O Edukatu é o principal projeto de educação de crianças e jovens do Instituto Akatu criado em agosto de 2013 e realizado em parceria com a Braskem. É a primeira rede de aprendizagem sobre os conceitos e práticas do consumo consciente e sustentabilidade para alunos e professores do Ensino Fundamental de todo o Brasil. No espaço virtual disponível em www.edukatu.org.br há circuitos de aprendizagem cheios de desafios para os estudantes explorarem, conteúdos exclusivos (vídeos, reportagens, planos de aula, atividades e jogos), além de uma comunidade virtual para trocar ideias com outras escolas.

Sobre o Instituto Akatu
Criado em 15 de março de 2001 (Dia Mundial do Consumidor), o Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. As atividades do Instituto estão focadas na mudança de comportamento do consumidor em duas frentes de atuação: Educação e Comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos, pesquisas, jogos e metodologias. O Akatu defende o ato de consumo consciente como um instrumento fundamental de transformação do mundo, já que qualquer consumidor pode contribuir para a sustentabilidade da vida no planeta: por meio do consumo de recursos naturais, de produtos e de serviços e pela valorização da responsabilidade social das empresas.

Sobre a Braskem
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 36 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. Maior produtora de biopolímeros do mundo, a Braskem tem capacidade para fabricar anualmente 200 mil toneladas de polietileno derivado de etanol de cana-de-açúcar.

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